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Empregada doméstica é resgatada após 34 anos de trabalho análogo à escravidão na Bahia

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Empregada doméstica é resgatada após 34 anos de trabalho análogo à escravidão na Bahia

O resgate ocorreu no último dia 30 de novembro.

Por: Camaçari Notícias

Uma mulher de 59 anos que vivia em situação análoga à escravidão foi resgatada pela Auditoria Fiscal do Trabalho, na cidade de São Gonçalo dos Campos, a 115 km de Salvador. Ela trabalhava como empregada doméstica e residia no local há quase 35 anos. Com informações do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado da Bahia*

O resgate ocorreu no último dia 30 de novembro em uma casa localizada no centro da cidade, mas as informações somente foram divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência na quarta-feira (7/12).

De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia, a mulher fazia manutenção da casa da família empregadora sem receber salário ou ter acesso a direitos trabalhistas. Os empregadores afirmaram que os serviços domésticos não eram trabalho, mas uma colaboração voluntária no âmbito familiar.

Casa de farinha onde vítima chegou a dormir. 

De acordo com o órgão, a inspeção realizada no local de trabalho e moradia da vítima, confirmaram que a doméstica sofreu maus tratos, violências psicológicas e violações de direitos. Também foi verificado que os empregadores realizaram algumas contribuições previdenciárias para a vítima como contribuinte individual, em atividades que ela nunca exerceu, como manicure e cabeleireira, e conseguiram receber auxílio-doença e, posteriormente, após negativa do INSS, aposentaram a mesma por invalidez judicialmente. 

Após a ação coordenada pela Auditoria-Fiscal do Trabalho na Bahia, com a participação do Ministério Público do Trabalho, da Defensoria Pública da União, da Polícia Militar da Bahia e do Serviço de Assistência Social do Estado da Bahia, serão lavrados os autos de infração e encaminhado o relatório aos demais órgãos, para pagamento dos salários e direitos atrasados. A vítima resgatada foi acolhida em um abrigo, até que seja decidido um local de moradia com a sua própria família.  

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