Mais da metade dos lares na Bahia é chefiada por mulheres, segundo IBGE

Pela primeira vez na Bahia, as mulheres são maioria na chefia dos lares, representando 51% dos responsáveis pelos domicílios, segundo o Censo 2022 do IBGE. Em 2010, essa proporção era de 39,9%, um aumento de mais de 11%. Salvador se destaca como a terceira capital do país com maior proporção de mulheres à frente de lares, alcançando 55,8%, enquanto 45% dos municípios baianos também apresentam essa maioria.

As cidades com as maiores proporções de lares chefiados por mulheres incluem Barrocas (63,6%), São Francisco do Conde (62,1%) e Mirangaba (60,6%). Em contrapartida, Tabocas do Brejo Velho, Pindaí, Baianópolis e Brejolândia têm as menores proporções, variando entre 30% e 30,7%.

Além disso, a Bahia apresenta a segunda maior taxa de lares sem casais, com 45,1%, e Salvador é a capital com a maior proporção desse tipo, chegando a 53,1%. O número de residências sem filhos também cresceu, atingindo 44,5%. Há quase 840 mil mães solo no estado, representando 16% dos arranjos familiares, e em Salvador essa taxa sobe para 18,2%.

Os domicílios unipessoais quase dobraram entre 2010 e 2022, correspondendo a 20,2% do total.

Em relação à raça, 25% dos lares são chefiados por pessoas pretas, superando os 18,6% chefiados por brancos. Os pardos permanecem como maioria, com 55,7%. A Bahia tem a maior proporção de domicílios chefiados por negros do Brasil.

Por fim, o número de casais do mesmo sexo aumentou quase seis vezes, mas ainda representa apenas 0,34% dos arranjos familiares, com mais de 99% dos casais sendo heterossexuais. O total de casais homoafetivos cresceu de 3.027 para 17.206 entre os censos.

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