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Grande líder de facção que atua em Camaçari, é preso em operação interestadual: delegado detalha vida de luxo e uso de documentos falsos

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Grande líder de facção que atua em Camaçari, é preso em operação interestadual: delegado detalha vida de luxo e uso de documentos falsos

Homem era foragido da Justiça baiana e foi localizado vivendo com identidade falsa na Paraíba, após investigação conduzida pela Polícia Civil de Camaçari.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Reprodução

A Polícia Civil da Bahia prendeu, na tarde da última sexta-feira (11), um dos criminosos mais procurados do estado. Conhecido como Meiquinho, ele é apontado como fundador e principal liderança da facção MK, que atua em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A prisão aconteceu em Campina Grande, na Paraíba, durante uma operação interestadual coordenada pela 4ª Delegacia de Homicídios de Camaçari (DH/Camaçari), com apoio das polícias civis dos dois estados.

Em entrevista exclusiva ao Camaçari Notícias, o delegado Antônio Sena, titular da 4ª DH, revelou que a captura do foragido foi resultado de um trabalho de inteligência que durou meses. “Identificamos o imóvel em que ele estava escondido através de ações de monitoramento. Assim que foi abordado, tentou se passar por outra pessoa, apresentando CPF e RG falsos”, relatou Sena. Por conta disso, ele foi autuado na Paraíba pelo crime de uso de documentos falsificados.

Apesar de viver foragido da Justiça baiana, Meiquinho levava uma vida de alto padrão. De acordo com o delegado, ele morava em um condomínio de luxo, frequentava haras e criava cavalos. “Era uma rotina discreta, mas confortável. Isso dificultava a ação policial, já que ele evitava qualquer tipo de exposição pública”, explicou o titular da DH.

A operação que culminou na prisão foi possível graças à cooperação entre os estados e à articulação feita pelos delegados Anderson Loiola, responsável pelo monitoramento, e Antônio Dirceu, que manteve o contato com as autoridades paraibanas. A ação contou ainda com a participação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Paraíba e do delegado-geral daquele estado, André Rabelo.

Meiquinho estava sendo investigado por envolvimento direto em um duplo homicídio ocorrido em Camaçari em 2021. O Ministério Público o denunciou como mandante do crime, o que resultou na expedição de um mandado de prisão preventiva pela Vara do Júri de Camaçari. Desde então, ele era alvo de intensas buscas pelas forças de segurança.

A facção MK é considerada uma das mais perigosas da região, com atuação violenta e uso constante de adolescentes para o tráfico de drogas. Segundo o delegado, o grupo se destaca pela rapidez na reposição de membros presos ou mortos. “Mesmo de longe, Meiquinho seguia dando ordens. Era uma liderança ativa, ainda que disfarçada”, contou Sena.

Além dessa prisão, o delegado destacou que abril foi um mês importante no combate ao crime organizado em Camaçari. “Conseguimos prender três líderes de facções diferentes, todos a partir de investigações iniciadas na 4ª DH. Isso mostra o comprometimento da nossa equipe e o apoio que temos recebido do DHPP e da direção geral da Polícia Civil”, afirmou.

Atualmente, Camaçari enfrenta a atuação de ao menos cinco grupos criminosos, divididos entre a sede e a orla, com influência nas áreas cobertas pelas delegacias de Abrantes, Monte Gordo e a 18ª DT. “Infelizmente, esses grupos têm mais de um líder. Seguimos com diligências para prender os demais envolvidos”, disse Sena.

Outra prisão de destaque ocorreu neste mês, durante uma ação conjunta com a 22ª Delegacia de Simões Filho. A operação resultou na captura de um líder de uma facção rival à de Meiquinho, também envolvido com o tráfico de drogas e homicídios na cidade. “Estamos atuando em várias frentes”, ressaltou o delegado.

Apesar dos altos índices de homicídio ainda registrados no município, o delegado aponta uma tendência de queda. “No ano passado já houve redução, e o primeiro trimestre de 2025 manteve essa linha de queda. A meta é continuar firmes, com ações integradas, para garantir mais segurança à população de Camaçari”, concluiu Antônio Sena.

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