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Economia
Com alta nos preços e juros, Volkswagen fecha fábricas e corta empregos na Alemanha e Polônia em meio à queda na demanda por elétricos.
Por: Camaçari Notícias
A Volkswagen, maior montadora de automóveis da Europa, anunciou o fechamento de diversas fábricas na Alemanha e na Polônia, enfrentando uma queda acentuada na demanda por veículos elétricos que afetou suas operações. A decisão, comunicada após a empresa registrar um faturamento recorde de 202 bilhões de euros em 2023, reflete um cenário de mudanças estratégicas para a sustentabilidade econômica da montadora.
A alta nos preços dos veículos e o aumento das taxas de juros desestimularam o consumo em toda a Europa, levando a Volkswagen a reduzir seu quadro de funcionários e a considerar medidas rigorosas de corte de custos. Segundo Daniela Cavallo, chefe do conselho de trabalhadores da Volkswagen, a companhia deve fechar ao menos três fábricas na Alemanha e realizar demissões em larga escala. Embora os detalhes sobre o número exato de empregados afetados não tenham sido divulgados, a empresa possui cerca de 300 mil trabalhadores no país.
Em um discurso na sede da montadora em Wolfsburg, Cavallo ressaltou que os conflitos entre a administração e os trabalhadores aumentaram significativamente, com os sindicatos pressionando a empresa a manter a competitividade e evitar cortes drásticos. “A gerência está levando tudo isso absolutamente a sério”, disse Cavallo a centenas de funcionários.
A pressão também se estende ao governo alemão, que enfrenta desafios econômicos pelo segundo ano consecutivo de contração. O chanceler Olaf Scholz, cujo governo busca estimular o crescimento em meio à recessão, mantém um diálogo constante com a Volkswagen e representantes dos trabalhadores. “Possíveis decisões erradas de gestão do passado não devem prejudicar os funcionários. O objetivo agora é manter e garantir os empregos”, afirmou um porta-voz do governo.
A transição para veículos elétricos foi mais lenta do que o esperado na Europa, além de enfrentar uma forte concorrência de montadoras chinesas, que têm ganhado espaço no mercado. "Estamos próximos na análise dos problemas, mas distantes quanto às respostas para eles”, afirmou Cavallo, pontuando que as diferenças de abordagem entre o conselho e a administração da Volkswagen tornam os próximos passos da empresa incertos.
Outras montadoras alemãs também enfrentam dificuldades similares. Na última semana, a Mercedes-Benz anunciou novos cortes de custos após uma queda no lucro, e a Porsche, controlada pela Volkswagen, revelou que reduzirá sua rede de concessionárias na China para ajustar-se à fraca demanda no país. O movimento das montadoras reforça a pressão por uma reestruturação na indústria automotiva alemã, com demandas de um plano claro para assegurar a competitividade do setor.
As próximas ações da Volkswagen e as respostas do governo alemão serão cruciais para determinar o futuro de milhares de empregos e a saúde da indústria automotiva do país.
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